BIBLIOTECA: livros danificados recebem tratamento e recuperação

Ler um bom livro, acompanhado de um café. A idéia é boa, desde que alguns cuidados sejam observados. Manchas de café em obras do acervo da Biblioteca Pública Municipal foram um dos principais motivos para a restauração de livros em 2009. Pior que isso, dependendo da extensão da mancha, o livro tem que ser inutilizado e vai parar na lixeira. Quem aponta o problema é a coordenadora da Biblioteca, Simone Maia. “São casos que acontecem geralmente quando o livro é retirado no setor de empréstimos”, disse. Ela observa, porém, que dos livros que são retirados pelos leitores para serem levados para casa, o caso mais comum de dano são as mordidas de cachorros. “Os livros chegam amassados, com marcas de dentes na capa e algumas folhas rasgadas”, alerta Simone. Também são comuns as obras retornarem para a biblioteca com as folhas riscadas. “Geralmente são as crianças que pegam os livros e riscam algumas páginas”, fala a coordenadora. RECUPERAÇÃO Nestas situações, o setor de Restauração, Recuperação e Conservação da Biblioteca entra em ação, para tentar recuperar a obra danificada. Nos casos de páginas rasgadas, um papel especial, de origem japonesa, com certa transparência, é utilizado para cobrir o dano. Para as folhas riscadas, a borracha é utilizada, o que faz a diferença é o tipo de material e a técnica de restauro. Se forem manchas as causa do dano ao livro, a recuperação é um pouco mais difícil. Como já citado, no caso de ser café, a inutilização da obra é praticamente garantida. Em 2009 a setor de restauração recuperou 677 livros, ou uma média de dois por dia, considerando que a biblioteca normalmente funciona de segunda a sexta-feira. Desses, 457 casos foram de empréstimos e 210 recuperações de livros utilizados somente para consulta na Biblioteca. “Os casos mais comuns de danos aqui na consulta são de riscos e folhas rasgadas”, aponta Simone. Ao todo, em 2009, foram inutilizados 73 livros por danos. DESCUIDO Em todos estes casos que causam prejuízo ao acervo da biblioteca, o leitor descuidado é convidado a ressarcir o patrimônio público. “Geralmente pedimos que um livro novo seja doado. Se a obra danificada for de grande procura, pedimos que o mesmo título seja o substituído”, diz a coordenadora Simone Maia. Ela lembra que o livro, principalmente o que é disponibilizado para empréstimo é um bem comum, e por isso, deve receber a atenção necessária para sua conservação quando é retirado da biblioteca. Jesiel B. Saldanha Fonte: http://www.canoas.rs.gov.br/Site/Noticias/Noticia.asp?notId=10428